Tudo o que você precisa saber de Big Data
O termo Big Data surgiu no início da década de 1990, na NASA, e foi criado para facilitar a descrição de grandes pacotes de dados coletados e analisados.
Na época, essa imensa quantidade de informações complexas já desafiava os computadores tradicionais utilizados para a localização, processamento e armazenamento dos dados.
O armazenamento informacional começaria a se tornar num grande desafio, afinal como coletar e manter dados de arquivos em grande quantidade com segurança? O desafio que começaria na área aeroespacial, se tornaria presente também em outros segmentos da sociedade.
O Big Data
Sabemos que os dados estão presentes em todos os lugares. Nos anos 1990, eles eram processados somente em grandes computadores e computadores pessoais.
Além dessas máquinas tradicionais que avançaram nos últimos anos, os dados também estão presentes em smartphones, internet móvel, SmartTv, sistemas de autoatendimento, entre outras plataformas na época inexistentes.
O Big Data refere-se à coleta, armazenamento e distribuição para análise de grande quantidade de informações.
Utilidade dos dados
Os dados possuem grande utilidade para órgãos públicos e empresas privadas. Além de instituições de governos, universidades e centros de pesquisas, essas informações são manipuladas por bancos, companhias aéreas, operadoras de telefonia, aplicativos, empresas de transportes, entre outras.
Essas empresas lidam com grande volume de informação que informam perfis de clientes, fornecedores, empresas parceiras, colaboradores e demais tipos de registros.
Os dados sempre foram e sempre serão úteis para a sobrevivência de uma empresa.
Dados pessoais
O Big Data também abrange os dados pessoais, já pensou quantas pessoas usam contas de e-mails e WhatsApp em todo o mundo ao mesmo tempo? E para onde e por onde circulam textos, imagens e vídeos com segurança e privacidade?
Essas informações circulam em grandes servidores que previnem a invasão, o roubo e a perda de dados de perfis e clientes. Esses servidores podem ser físicos, virtual ou estarem dispostos nas nuvens.
O que a NASA tem a ver com isso?
Centros de pesquisa espacial precisam utilizar um grande volume de informações para a construção de modelos computacionais, análises e testes relacionados às pesquisas espaciais, aeroespaciais e de testes de equipamentos.
Imagine uma empresa pública ou privada que atua na ciência espacial decidindo enviar uma sonda para Marte, imagine a quantidade de dados gerados para o projeto da sonda, a quantidade de números e sinais gerados durante a viagem da sonda através do espaço profundo, sem falar nos dados de sinais enviados em grande quantidade da órbita do planeta Marte para a Terra.
No decorrer da pesquisa, esses sinais espaciais, por exemplo, ainda podem ser decodificados e transformados em imagens, possibilitando a sonda enviar imagens para os centros espaciais de pesquisa do solo marciano.
Voltando para o planeta Terra
Em nosso planeta Terra, mesmo sem o uso de naves espaciais, estamos gerando uma grande quantidade de dados diariamente. Se você se cadastrar num site ou pede uma pizza através do celular você já está gerando dados.
Os dados no dia a dia
Lembramos que todo o conteúdo de dados é recolhido de diferentes locais, em formato estruturado ou não estruturado. Inicialmente, são utilizados para cadastros, registros, automações e ações do cliente.
Mas, no caso do mercado digital também ajudam a orientar estratégias corporativas. Por exemplo, se você visitou uma loja on-line e se interessou por modelos de celulares de alto padrão, minutos depois aparecerão anúncios digitais oferecendo os mesmos celulares em outras janelas visitadas por você. O site anterior transformou a sua visita num dado e detectou o seu comportamento de consumidor ávido por smartphones de alto padrão.
Portanto, todas as empresas vão se valer do big data, independente da abrangência e do tamanho da empresa.
Para as empresas
Sabemos que dessa forma que esse grande volume de informações afetam o dia a dia dos negócios. Por outro lado, o mais importante não é ter os dados, mas o que as empresas fazem com eles.
Cada informação pode gerar insights para orientar suas estratégias de negócio. Podemos considerar que possuir grande volume de dados não é o bastante. É fundamental saber como usá-los para obter os melhores resultados a partir deles.
Tecnologia da Informação
O recolhimento, análise e tratamento de dados são trabalhos que envolvem áreas de conhecimento da informática e seus sistemas.
A empresa e a instituição terá muitas dificuldades se não investir em tecnologias, equipamentos ou serviços oriundos da tecnologia da informação para planejar bem como tratar as informações.
A importância da tecnologia da informação nesse processo se mostra na forma do big data. Ela atua para colher dados para analisar e armazená-los com segurança.
A evolução da importância dos dados
Atualmente, a tecnologia da informação se consolidou na tarefa de mineração de dados, Business Intelligence e Customer Relationship Management (CRM), entre outros. As tarefas do T.I ajudam para analisar informações relevantes e tomar decisões estratégicas.
Os principais aspectos da informação
O Big Data ganharia força a partir dos anos 2000, quando quando Doug Laney criou sua definição usando três V’s: volume, velocidade e variedade. Posteriormente, foram adicionados outros dois V’s: veracidade e valor.
A partir de então podemos descrever essa área de conhecimento através dos seguintes aspectos:
Volume
Refere-se às quantidades de dados são realmente grandes, incluindo as subutilizadas.
Velocidade
Está ligada com o tratamento das informações, correspondendo ao tempo real.
Variedade
Esse “V” que compõe os principais aspectos dessa área de conhecimento lembram que os dados possuem formatos, origens e disposições variadas.
Abrange, por exemplo, dados estruturados, informações vindas de bancos de dados, e-mails, texto, vídeo, áudio, cotações da bolsa, transações financeiras e outros.
Veracidade
Refere-se à confiabilidade das informações, não adianta a combinação de volume, velocidade e variedade, se os dados não são seguros.
Valor
Cada dado pode ser importante para cada segmento de ação, eles dados devem trazer benefícios para a organização e compensar o investimento.
Abordagem prática
Essa área de conhecimento tem sido desenvolvida para gerar uma abordagem ampla e prática no tratamento dos dados em busca de mais precisão.
Busca equilibrar a grande quantidade de dados disponível, a velocidade de análise e a relação entre os volumes recolhidos.
A informação
Sabemos que a informação é poder. Porém, não adianta somente recolher e armazená-los, é importante saber utilizar esses dados. Ao desenvolver boas estratégias, a empresa pode aprimorar seu relacionamento com clientes e fornecedores, desenvolver estratégias mais eficientes, cortar gastos, produzir mais em menos tempo, evitar desperdícios, superar concorrentes e desenvolver serviços melhores.
Coleções de dados
Os especialistas na área podem subdividir, compartilhar ou intercalar o uso de cada dado recolhido. Lembramos que o tratamento de dados permite descobrir resultados importantes para a empresa, principalmente, para a tomada de decisão. É fundamental encontrar, analisar e aproveitar as informações em tempo hábil e de maneira correta.
O tratamento dos dados e os profissionais
Com o uso de estratégias de ações relacionadas ao grande volume de dados, é possível avaliar o nível de conhecimento e a necessidade de treinamento dos profissionais e formar uma boa equipe de trabalho.
Além do tratamento de dados, grandes servidores repletos de informações direcionadas e já mineradas podem ser usadas em processos de treinamentos de colaboradores e funcionários de diferentes empresas. No processo de treinamento é possível medir o engajamento antes de decidir quais serão os próximos métodos de aprovação.
Gestão de TI
A gestão da equipe de TI é importante para criar uma cultura de acompanhamento do que acontece nos servidores ou na nuvem em relação às quantidades de dados e as estratégias das corporações.
Ou seja, nessa etapa, não basta somente recuperar grandes volumes de dados, é fundamental que empresa tenha uma infraestrutura de TI que seja capaz de processá-los. A instituição necessitará ter data centers com muitos servidores, bancos de dados de alta performance, governança de TI e uma cultura de segurança.
As empresas também podem investir em computação na nuvem, dessa forma a virtualização integral diminuirá os custos e tempo.
A segurança
É importante que os dados estejam seguros e com acessos restritos para não caírem em mãos erradas. Geralmente, as empresas somente pensam na segurança quando acontece vazamentos públicos de informações e conversas. É fundamental existir alinhamento do setor de TI, para que a gestão saiba quem são os proprietários das informações.
O futuro
O Big Data já está envolvido com o futuro da informação. Ele está envolvido com diferentes segmentos e mais empresas irão precisar armazenar, processar e extrair valor dos dados coletados. A informação manterá as empresas sempre preparadas para conhecer o mercado e a sociedade de maneira mais abrangente.
Os negócios
Sabemos que escolha de estratégias podem ser cruciais para um projeto ou negócio. Saber usar os dados com responsabilidade poderá ajudar a identificar mercados, permitindo que os colaboradores analisem, cruzem e combinem dados sem que a equipe de TI tenha de interferir o tempo inteiro no processo de análise e tomada de decisão.
Inteligência artificial
Os dados também podem ser usados por sistemas de inteligência artificial, aliando o Big Data a essa nova tecnologia.
Com o uso de dados em grande volume, a inteligência artificial conseguirá prever comportamentos a partir de análises em tempo real e ciência de dados.
A nuvem
Já falamos da nuvem neste artigo, e podemos lembrar que nem todas as máquinas poderão conter um volume imenso de arquivos gerando a demanda do uso da nuvem.
Dessa forma os dados ficam sob os cuidados do fornecedor reduzindo custos e investimentos em máquinas próprias.
Tipos de dados
Usando o exemplo das explorações espaciais neste artigo, falamos que um dado pode ser transformado em número, texto, imagem, entre outras possibilidades. Inicialmente, os dados podem ser estruturados e não-estruturados e podem ser imagens, vídeos, áudios, textos, csv e xml.
Os dados estruturados se referem ao dado que apresenta algum padrão ou formato que pode ser usado na sua leitura e extração dos dados. Enquanto que os dados não estruturados não apresentam padrões de leitura padronizada.
Os dados da internet
Incluindo a internet móvel e a fixa, e os arquivos transferidos o mundo hoje produz uma grande quantidade de dados. Somente o Google processa diariamente mais de 3 bilhões de pesquisas em todo o mundo, sendo desse total 15% totalmente inéditas.
O “motor” de buscas do Google rastreia 20 bilhões de sites diariamente armazenando 100 petabytes de informação.
Os dados nas instituições
Quando falamos em empresas ou instituições que usam o Big Data, podemos citar diferentes tipos de organizações como: bancos, organizações financeiras, plataformas de investidores, educação, governo, saúde, segurança presencial e monitorada, manufatura, indústrias e até agricultura.
Data warehouse ou big data
São dois conceitos complementares, comumente usados em conjunto para oferecer estudos e análises mais analíticas do projeto e negócio.
Lembramos que o Data warehouse refere-se a um armazenamento de dados digitais onde são guardados dados corporativos consolidados, relacionados e organizados de diversas fontes.
O Data warehouse lida com dados estruturados e visa oferecer precisão e a qualidade que vão auxiliar a gestão da empresa. Por outro lado, o Big Data aborda imensa quantidade de dados de diferentes formatos, estruturados e não estruturados, de fontes variadas como redes sociais, imagens, e-mails e outros.
Conclusão
Nos últimos tempos, as informações sempre estiveram presentes no cotidiano humano. A partir do avanço tecnológico começaram a gerar demandas de administração para serem guardados, organizados e analisados mais facilmente.
Nos últimos dez anos, a popularização dos smartphones e das redes sociais aumentou a quantidade do volume de informações e de potenciais clientes virtuais.
A tendência é ocorrer um aumento desses dados com a inserção da internet das coisas no cotidiano da sociedade e do mercado, marcando a entrada de novas plataformas de rede em geladeiras, TVs, lavadoras de roupa, cafeteiras, fogões e até vassouras eletrônicas.
Por outro lado, esse aumento de informações exigiu que empresas, governos e outras instituições se organizassem com estruturas cada vez mais flexíveis e seguras.
O uso dessas informações exige soluções tecnológicas que lidam com informações em escala exponencial para orientar governos, empresas, instituições públicas e novos empreendimentos de forma segura e estratégica.
Não existe mais caminho de volta em relação à geração de informação e organização de dados.
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