Muitas pessoas falam em logística, mas poucos realmente sabem do que estão falando e de como aplicar o conceito na prática.
Por isso, na hora da execução, muitas vezes vemos falhas simples, as quais poderiam ser facilmente evitadas.
Desse modo, se você entende que a sua empresa poderia otimizar os processos internos, provavelmente há algum erro logístico.
Então, para entender melhor o escopo do conceito e como aplicá-lo, siga lendo!
Tabela de Conteúdo
O que é logística ?
Para começar, vamos entender melhor o que é logística e o que este conceito significa na prática.
Na verdade, podemos basicamente resumi-la como uma área administrativa, em que se executam funções de planejamento estratégico da empresa.
Dessa forma, é através da logística que ações como a produção, o armazenamento e o transporte dos produtos é pensada. Portanto, ela é fundamental para que as ações da empresa ocorram de uma forma otimizada e eficaz.
Além disso, vale ressaltar que o grande objetivo é que o produto final chegue até o consumidor de uma forma que seja mais barata, mais rápida e que não ofereça danos ao produto. Parece óbvio, mas muitas vezes isso é deixado de lado.
Perceba, também, que esses conceitos evidenciam a exigência de que a empresa tenha uma boa gestão do shupply chain, ou cadeia de suprimentos, como também é chamado. Ela determina o fluxo de materiais desde a chegada da matéria-prima até a entrega ao consumidor.
Por isso, há uma aplicabilidade bastante eficaz de uma série de metodologias, sobretudo as que lidam com o planejamento e a gestão de estoque.
Entre elas, um bom exemplo é a do chamado FIFO (First In, First Out). Neste modelo de controle de estoque e armazenamento, que é de simples aplicação, a organização aplica normas eficazes do fluxo de produtos, evitando o desperdício.
Como funciona na prática ?
Pois bem, na linha do que vinha sendo dito acima, a logística compreende uma cadeia de métodos que visa facilitar o planejamento, o armazenamento e a distribuição da empresa.
Então, para que isso ocorra da forma mais eficaz, é necessário aplicar algumas práticas.
Antes disso, porém, saiba que existem dois principais tipos de atividades logísticas: as primárias (ou principais) e as secundárias.
Com relação às primárias, elas compreendem as áreas de gestão de estoque, transporte e pedidos. Já, as secundárias, dizem respeito ao manuseio dos materiais, às embalagens, ao sistema de gestão utilizados, entre outros.
Nessas etapas, o gestor deve buscar indicadores de desempenho (como KPI) que permitam identificar o custo logístico da empresa.
Dessa maneira, a partir do momento em que se tem esses dados em mãos, é possível identificar onde e como é possível otimizar os processos.
Pense que atividades que não estejam operando da melhor maneira possível significam em perdas e em desperdício para a empresa. Neste caso, por exemplo, há dois tipos principais, que são as perdas por transporte e as perdas por movimentação.
No primeiro caso, é comum acontecer quando a organização não possui programação prévia ou tem sistemas que não são adequados e atualizados.
Já no caso da movimentação, se dá sobretudo com colaboradores, quando são movidos desnecessariamente para áreas que não deviam.
Ambas as situações ocorrem por falta de planejamento logístico, ocasionando em perdas potencialmente elevadas.
Assim, a competitividade no mercado é prejudicada, colocando sua organização em prejuízo quando comparada às concorrentes.
No entanto, engana-se quem pensa que esses são os dois únicos exemplos de logística. Para exemplificar ainda melhor, na próxima seção apresentaremos aplicações práticas para que você entenda melhor.
Tipos de logística
Embora estejamos falando em termos mais conceituais até aqui, na verdade existem alguns tipos de logística, cada um voltado a uma necessidade diferente dentro da empresa.
Então, para tornar a publicação mais prática, vamos apresentar alguns dos mais utilizados.
Logística de Produção
Este primeiro caso é voltado para o gerenciamento da matéria-prima, quando ela é transformada no produto final.
Dessa forma, o principal objetivo é planejar a produção e evitar desperdícios e sobras. A aplicação de metodologias como a FIFO é interessante.
Logística Inbound
Ela é mais voltada para o abastecimento, garantindo que a organização possui os recursos que necessita.
Sendo assim, visa garantir que os materiais necessários estão sempre disponíveis, a partir do controle de armazenamento e transporte.
Logística Outbound
Neste caso, ao contrário da anterior, o foco é o planejamento de entregas. Ou seja, o foco é no consumidor final, com a distribuição diretamente para ele ou para os pontos de venda.
A criação de rotas, o rastreamento e a gestão de transportadoras fazem parte das atividades principais.
Logística Reversa
Este tipo de logística tem outro objetivo, que é o do pós-venda. Em alguns casos, há obrigação por lei, como no caso de medicamentos, de agrotóxicos, de óleos, entre outros.
Embora não esteja entre as principais quando falamos em empresas tradicionais, ainda há a aplicação de modelos para a terceirização logística.
Nestas situações, pode ser realizada via logística de terceira parte (3 PL), a logística de quarta parte (4 PL) ou a logística de quinta parte (5 PL), mais comuns às empresas de e-commerce.
Quanto mais avançada, mais complexa é, nestes três exemplos acima. Dessa forma, o 5 PL, por exemplo, é aplicado a serviços de inteligência artificial, blockchain, entre outros.
Dicas para um bom planejamento logístico
Assim como você deve ter visto até aqui, um bom planejamento logístico envolve muitos fatores. Por isso, o primeiro e mais importante passo é conhecer bem a sua empresa, para entender o que é melhor para ela.
Afinal de contas, como cada organização é diferente, as recomendações também variam bastante.
Ainda assim, vale destacar que há algumas dicas que são mais gerais e que irão ajudar em especial aqueles que estão tentando encontrar o caminho ideal.
Conheça metodologias de gestão de estoque
Algumas formas de gestão de estoque são mais eficazes do que outras, principalmente em função das práticas da empresa. No entanto, como escolher a ideal para o seu negócio?
Para isso, pense em perguntas básicas: quanto é necessário ter em estoque, quando e como será feita a compra de matérias-primas, como e onde será o armazenamento, como será a entrega, etc.
Por isso, você deve conhecer diferentes métodos. Neste sentido, a logística Lean, por exemplo, pode ser uma boa recomendação para aqueles que procuram um conceito mais enxuto e que vise reduzir as perdas.
Integre a sua empresa
Quando as áreas da empresa estão integradas, há uma vantagem logística. A partir disso, fica mais fácil o diálogo entre os setores, evitando tarefas como o retrabalho e até mesmo o desperdício.
Neste caso, a tecnologia fornece elementos importantes para otimizar a integração da organização. Há cada vez mais sistemas de gestão inteligente, os quais costumam ser aplicados com grande eficácia.
Dê prioridade à qualidade logística
Independentemente dos métodos que a sua empresa for utilizar para aplicar a logística, isto deve ser feito com cuidado e atenção. Ou seja, não faça de qualquer maneira, mas sim foque naquilo para que realmente dê certo.
Na prática, isto requer que os colaboradores sejam treinados para executar melhor as funções, que os sistemas certos sejam adquiridos e que todos comprem a ideia.
Não adianta adotar um método eficaz se for feito pela metade, pois assim não vai funcionar na sua plenitude.
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