O que é a Probabilidade?

O termo “probabilidade”, certamente nunca esteve tão em alta quanto nos últimos anos, e em especial nos últimos dias. A razão? O conceito que o define pode ser aplicado a diferentes situações, incluindo a análise de resultados esportivos ou até mesmo jogos de loteria.

Algo que muita gente não sabe, porém, é que ele também pode ser aplicado dentro de uma organização empresarial. Isso aliás, é algo fundamental para o sucesso de algumas metodologias modernas, como o Lean Seis Sigma, por exemplo.

Gráfico mostrando a eficácia da probabilidade

Mas o que exatamente isso significa? E como ela pode contribuir dentro de uma realidade corporativa? A resposta para essas perguntas passam por uma compreensão do que é exatamente o conceito.

Sabendo disso, portanto, nos dedicamos a esclarecer aqui os pontos fundamentais sobre o assunto. Siga conosco.

Entendendo a probabilidade

De modo simples e direto, podemos dizer que a probabilidade é o nível de segurança que uma pessoa tem na ocorrência de um determinado resultado. O conceito é amparado por cálculos, que por sua vez são fatos, e portanto, previsões concretas.

Graças a essa característica, ela é fundamental em processos de tomada de decisão onde a incerteza é uma realidade. Não por acaso, é frequentemente utilizada dentro de projetos de melhorias e resolução de problemas.

Isso significa que tem elevado grau de importância no currículo de profissionais como Black Belt e Green Belt. O motivo é que eles encabeçam a liderança dos processos e projetos dentro da metodologia Lean Seis Sigma.

Embora o assunto possa parecer complexo à primeira vista, a verdade é que com um mínimo de boa vontade é possível entender seus principais pontos. É isso, portanto, que propomos por aqui.

Existe mais de uma definição para a probabilidade?

Uma pessoa que tem contato com o termo pela primeira vez, provavelmente se limita a acreditar que ele representa apenas um conceito imutável.

Em outras palavras, a crença é a de que se trata de um experimento aleatório que mostra quais as chances de um determinado evento ocorrer.

A verdade, porém, é que a determinação do tipo de probabilidade desejada pode trazer algumas variações nesse cenário. Diante disso, portanto, temos de modo geral, três tipos distintos de probabilidades.

Os termos usados para designá-las são: clássica, frequentista e subjetiva. Falamos agora detalhadamente sobre cada uma delas.

Probabilidade clássica

Também conhecida como probabilidade “original”, seu nome é autoexplicativo. Trata-se da maneira mais antiga encontrada para determinar as possibilidades dentro de um cenário de incerteza. Sua origem remete basicamente aos jogos de azar.

A ideia por trás de seu conceito é simples: ela é aplicada somente quando os resultados de um evento são prováveis na mesma medida. Para melhor compreensão, devemos supor que um evento arbitrário tem N possibilidades de resultado, onde Ri, i = 1, 2, 3, 4, …, n.

Nessa realidade, cada possibilidade é provável na mesma proporção. Diante disso, todas essas possibilidades podem ser definidas como 1/n. Criando uma fórmula a partir do que foi dito, temos então o seguinte cenário:

P(Ri) = 1/n (nesse caso o “P” é o representante de Probabilidade).

Considerando que um evento “E” é composto por m eventos elementares prováveis na mesma proporção, então:

P (E) = m/n.

Levando isso para a prática, especialistas afirmam que o caso mais didático onde a probabilidade clássica pode ser observada é no arremesso de um dado. Nesse caso, as possibilidades que existem naturalmente são 1, 2, 3, 4, 5, 6.

Dessa forma, cada resultado tem probabilidade 1/6. Dito isso, se E é composto pelos resultados pares, ou seja, se eu quiser saber qual a probabilidade de sair um número par, então P (E) = P (2, 4, 6) = 3/6 = 1/2.

Considerando que estamos falando de aleatoriedade dentro de um universo de possibilidades comprovadamente iguais, as chances de algo acontecer nesse cenário podem ser calculadas.

O problema, porém, é que não é tão simples prever as situações em que as chances são exatamente iguais.

Probabilidade frequentista

Diferente do primeiro caso, aqui precisamos supor a realização de um determinado evento cujas possibilidades de resultados são R1, R2, R3, …, Rn. Além disso, devemos considerar que este evento será realizado n vezes e cada resultado Ri ocorrerá ni vezes.

Considerando isso, teremos a frequência relativa do experimento apontando que Ri é ni/n.

Probabilidade subjetiva

Aqui temos o terceiro tipo, onde a probabilidade é tratada como uma espécie de medida de crença dentro das possibilidades de um determinado experimento. Nesse caso, falando de exemplo prático, podemos ver isso em uma previsão do tempo com dados empíricos.

Isso pode ser visto, por exemplo, quando uma determinada pessoa, com base na sua vivência e observação do tempo, faz uma afirmação taxativa. Hipoteticamente ela pode afirmar que há 50% de chance de surgir uma frente fria amanhã.

Esse dado é basicamente uma probabilidade pessoal, mas subjetiva que prevê uma chance de algo ocorrer com base apenas na experiência.

Esse tipo de cálculo é bastante comum, por exemplo, em investimentos no mercado financeiro, seja de ações ou até mesmo no cenário esportivo.

Nesses casos, os profissionais reúnem o máximo de informações que estão à sua disposição e com sua experiência e/ou métodos próprios determina as chances de algo ocorrer.

Distribuição de Probabilidade?

Entendida a primeira parte sobre as probabilidades, chegamos aqui ao ponto de compreender a sua distribuição, ou seja, como se apresenta.

O primeiro detalhe a ter em mente, portanto, é que em diversas situações os resultados prováveis de um experimento se dão através de números.

Gráfico mostrando os detalhes da Probabilidade

No contexto empresarial, isso pode ser observado, por exemplo, na avaliação do diâmetro de uma peça que deve ser fabricada, por exemplo. No dia a dia, por sua vez, esse tipo de conceito pode incidir sobre diferentes cenários, desde o valor do rendimento de um investimento até o cálculo do tempo de vida de um determinado item.

Além disso, mesmo quando o resultado não é numérico, ou seja, trata-se de uma previsão mais empírica, também é possível associá-lo a um número.

Para isso, basta que se adote a fórmula correta e que os números sejam incluídos na mesma a fim de facilitar o entendimento dos resultados.

Aleatoriedade em variáveis

Falando agora da aleatoriedade, temos aqui o fato de que ela pode ser classificada a partir da quantidade de resultados que pode apresentar. A variável aleatória pode ser chamada de discreta se a quantidade desses valores considerados possíveis é finito ou infinito enumerável.

Por outro lado, se considerarmos que o conjunto de valores que se encaixam nas possibilidades é infinito, mas não enumerável, o termo muda. Nesse caso, usa-se a alcunha “contínua” para designar a variável aleatória.

No primeiro caso, podemos definir como exemplo prático o caso em que se deseja observar fatores como:

  • Quantidade de crianças em uma família;
  • Quantas estrelas estão visíveis em determinada região em uma noite em particular; e
  • Qual a renda de um casal considerando os múltiplos inteiros do salário básico, dentre outros.

Agora, considerando a aleatoriedade nas variáveis contínuas, os exemplos obtidos podem ser:

  • O prazo de vida útil de um determinado equipamento;
  • Volume do juro dentro de um período; e
  • Altura de um indivíduo em particular, dentre outros.

Vale destacar aqui que, na opinião de especialistas, a variável aleatória contínua é inexistente dentro de uma realidade. Isso porque, a sensibilidade do sistema de medida tem limite e a escala derivada é discreta.

Todavia, é válido considerar o modelo em que a sensibilidade do sistema de medidas atinge tal proporção desejada e de forma tão abrangente que o resultado de medida pode atingir qualquer nível em um intervalo específico.

A compreensão das probabilidades

Todos os detalhes apresentados até aqui, compõem uma visão panorâmica do assunto probabilidade. O aprofundamento na compreensão desses conceitos, é explorado normalmente dentro de uma certificação Black Belt e em alguns casos até Green Belt.

Uma prova disso é que tal conteúdo está incluso aqui em nossos programas de treinamento em Lean Seis Sigma nas faixas fundamentais dentro da metodologia.

Como parte desse aprofundamento, são apresentados conceitos de Estatística que facilitam o entendimento e complementam o assunto.

Em consequência disso, o profissional é preparado para lidar não só com as probabilidades, mas também com a condução de projetos de melhorias como um todo.

Como funciona em uma realidade empresarial?

Voltando a falar sobre os conceitos fundamentais dentro de uma empresa, chegamos aqui novamente no Lean Seis Sigma e suas faixas. Isso inclui, naturalmente, a designação dos Black Belts e Green Belts, que ocupam o topo da liderança de projeto nas organizações bem-sucedidas.

Dentro dessa realidade, a probabilidade desempenha um papel importante por se relacionar com os principais processos de melhoria e qualidade. Na prática, portanto, quer dizer ela potencializa os fatores de sucesso dentro das estratégias adotadas.

A razão é que ajuda os especialistas a preverem com grande nível de assertividade, um determinado resultado com base nos dados coletados e nos cálculos. Isso pode ser aplicado em todas as esferas, desde a determinação da causa-raiz até a condução dos projetos de melhorias.

Como consequência, as organizações podem melhorar os resultados a partir da definição exata do que compromete o seu sucesso. Não obstante, ainda é possível unir o potencial desse tipo de conceito com o poder do BPM integrado ao Lean Seis Sigma.

Embora não seja tão simples fazer essa integração, a verdade é que uma vez implementada, ela pode cobrir todas as lacunas existentes em uma realidade corporativa.

Aplicação prática das probabilidades no dia a dia

Com base no que foi dito, imaginamos que não restam dúvidas sobre a utilidade da probabilidade no desenvolvimento da carreira profissional, certo? Mas não é só isso. O conceito também pode facilitar a compreensão de muitos cenários do dia a dia.

Imagine que em uma consulta médica os especialistas afirmam que 90% dos casos de uma determinada doença evolui para a cura e só 2 a 5% resulta em maiores complicações. Esse tipo de notícia em um cenário comum tende a gerar certa apreensão.

Todavia, quem sabe os princípios da probabilidade, passa a considerar um outro fator: a probabilidade daquele médico estar certo ou errado. A partir daí, o paciente tem a opção de recorrer a uma segunda ou terceira opinião para sanar suas dúvidas.

Além disso, ainda pode recorrer ao artifício do questionamento, perguntando ao médico qual é o nível de eficiência de tal informação. Se a segunda opinião for similar, o paciente terá a confirmação de que a taxa de acerto é realmente algo próximo do previsto.

Algo parecido pode acontecer em diversas outras situações do cotidiano, e invariavelmente uma pessoa que domina probabilidade terá melhor condição de lidar com cada uma delas.

Como aprofundar em Probabilidade para empresas

Depois de entender tudo o que foi explicado por aqui, é comum que a maioria dos profissionais queira compreender a fundo os conceitos de probabilidade. Isso acontece porque, na educação básica e até mesmo nas universidades, esses conceitos são pouco difundidos.

Como consequência desse cenário, é realmente pequeno o número de especialistas competentes que dominam o conceito e sua aplicação nas empresas.

Não por acaso, essa escassez gera uma enorme valorização na carreira dos poucos profissionais que buscam melhorar os conhecimentos na área.

Considerando que o crescimento na carreira é algo desejado pela grande maioria dos profissionais, não é difícil compreender porque a busca por aprendizado nesse sentido vem crescendo.

O detalhe é que, conforme já sugerimos ao longo do texto, a melhor maneira de compreender o assunto é ingressando em uma das faixas de elite no Seis Sigma.

Isso porque além do conteúdo sobre probabilidade em particular, o profissional aprende como ela se relaciona com os projetos de melhoria e qualidade.

A carga de conteúdo inclui ainda uma série de ferramentas, fórmulas e cálculos estatísticos. Tudo isso é disponibilizado dentro de cursos de certificação em Black Belt e Green Belt, como os que oferecemos aqui na “nome da empresa”.

Se você é um dos profissionais que buscam impulsionar a carreira se especializando nesse assunto, portanto, fica aqui nosso convite para conhecer nossos treinamentos e metodologias.

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