Feedbacks – Tudo o que precisa saber
Feedbacks – uma poderosa ferramenta dentro do ambiente de trabalho. Na verdade, este é um elemento indispensável em qualquer situação, tendo em vista o poder de aperfeiçoamento que ele proporciona tanto para os colaboradores, como para a empresa em si.
É por meio de bons feedbacks que se torna possível a promoção de melhorias contínuas, bem como a colocação de novas estratégias em prática no meio corporativo.
É importante deixar claro que feedbacks devem ser elaborados tanto pelo líder, que irá avaliar os funcionários, como, também, pelos próprios colaboradores em relação à ele.
Essa é uma tendência tão forte dentro do mercado, que é possível, inclusive, encontrar diferentes tipos de curso online, que oferecem um treinamento completo para que os líderes consigam colocar essa estratégia em prática.
E se você deseja saber mais sobre a arte do feedback, continue lendo esse post e descubra:
- O que é feedback;
- Feedbacks em Melhoria Contínua;
- A relação de benchmarking e feedbacks;
- Dicas de como aplicar feedbacks dentro do seu empreendimento.
Confira!
Significado de Feedbacks
Antes de falarmos sobre os tipos mais comuns, é importante deixar claro o que é feedback.
Esse conceito tem como premissa a construção de uma análise sobre o desempenho de um profissional, processo ou empreendimento, e também demanda que um plano de desenvolvimento seja elaborado para corrigir o que for preciso.
Ele pode ser dado tanto por um consultor de fora, com o objetivo de oferecer uma visão mais neutra, como também pelos próprios líderes e demais colaboradores. No caso do consultor, para obter esse tipo de informação, é preciso realizar uma série de dinâmicas.
Existem vários tipos de experimentos. Um dos mais comuns é o teste de personalidade. Normalmente ele é usado para indicar como determinado colaborador se comporta e se ele apresenta as características necessárias para ser promovido, por exemplo.
Feedbacks em Melhoria Contínua (Lean Seis Sigma)
Não há como falar sobre feedback sem citar o Lean Seis Sigma ou melhor dizendo a área de Melhoria Contínua. Essa é uma filosofia de gestão que tem se popularizado muito, justamente por ter em seu escopo uma maneira de manter profissionais e empresas sempre em contínuo desenvolvimento.
Basicamente, esse conceito se baseia na premissa de que todos os colaboradores, bem como a empresa em si, precisam otimizar processos e resultados constantemente, de maneira a alcançar um desempenho cada vez melhor.
Para isso, são criadas diretrizes, juntamente com mecanismos de monitoramento, para que se possa acompanhar esse avanço.
Muitos empreendedores acreditam que o Seis Sigma só deve ser aplicado em empresas do setor industrial, que estão em contato direto com controles de qualidades, mas isto não é o recomendado, pois pode-se e deve-se aplicar melhoria contínua em todos os serviços, processo e produtos, independentemente de seu ramo de atividade.
Na verdade, essa é uma das tendências que mais tem se popularizado no mercado. Pois, é através dela que se obtém um feedback realista, que pode auxiliar a todos na construção de ideias mais criativas, para garantir uma evolução pessoal e profissional cada vez melhor.
Dentro desse conceito, se destacam quatro treinamentos. Eles têm como objetivo justamente auxiliar os profissionais nesse processo de melhoria contínua. São eles:
1. White belt
São os colaboradores iniciados em melhoria contínua e treinados em alguns conceitos e ferramentas Lean Six Sigma para sempre buscar melhorias. Além disso, também auxiliam os profissionais dos outros níveis de treinamento como Green e Black Belts por exemplo.
Quem participa do White belt também auxilia no andamento de projetos Lean Seis Sigma da Empresa.
2. Yellow belt
São os colaboradores que recebem treinamentos, feedbacks e métodos e ferramentas num nível maior que os White Belts . Isso porque, eles além de dar suporte para os Black e Green Belts, na implantação de projetos maiores, eles também conduzem seus próprios projetos.
Os indivíduos do Yellow Belt também são capazes de desenvolver pequenos projetos de aperfeiçoamento dentro de suas áreas de atuação. Isso sem contar na capacidade de organização, visando a otimização de setores.
3. Green belt
Geralmente dedicam parte do seu tempo para executar estratégias de melhoria dentro da sua área de atuação. Em comparação ao Yellow Belt, os green belts recebem uma carga maior de conceitos, métodos e ferramentas do Lean Six Sigma.
Entre as atividades estão justamente feedbacks, de modo a orientar os profissionais sobre as atitudes que precisam ser tomadas para que todos alcancem seus potenciais.
O treinamento Green belt é mais avançado, indicado para quem já tem certa experiência dentro da empresam, em relação a aperfeiçoamento.
4. Black belt
O Black Belt é um tipo de treinamento voltado diretamente para o desenvolvimento de lideranças. Isso porque, os profissionais dessa categoria desenvolvem habilidades e competências únicas que irão direcionar os demais colaboradores dentro das estratégias de melhorias.
Eles trabalham diretamente em como resolver problemas que impedem o crescimento do empreendimento, assim como executando e monitorando projetos de aperfeiçoamento constante.
Quando falamos em feedback, não há como citar esses treinamentos. Isso porque, é a partir da obtenção desse tipo de avaliação, que é possível treinar os colaboradores com os níveis citados acima.
Dessa maneira, você não terá apenas funcionários, que batem ponto todos os dias na sua empresa. Mas, verdadeiros colaboradores que visam trabalhar de forma conjunta para estimular o crescimento profissional de cada um, bem como o desempenho do negócio.
Empresas que colocam em prática o feedback, juntamente com estratégias de aperfeiçoamento constante, tendem a alcançar melhores resultados. Mais do que isso, elas conseguem se consolidar no mercado com mais força.
Prova disso são algumas gigantes como Toyota, GE, Google e Amazon. Todas elas partes dessa premissa de que é possível sempre melhorar. Isso em todos os níveis hierárquicos. Desde o colaborador que atua como estagiário, até o presidente da empresa.
Isso sem contar na otimização constante de processos, que é igualmente importante para o fortalecimento do empreendimento.
Esse processo de busca constante de melhorias, é chamado de benchmarking, e nós vamos falar qual a relação dele com o feedback, e como colocá-lo em prática no seu negócio.
A relação de benchmarking e feedback
Não há como falar de feedback sem citar o benchmarking. Ambos os conceitos estão diretamente ligados, pois tratam do aperfeiçoamento constante, na diminuição do desperdício dentro de empresas (seja de tempo, dinheiro ou materiais) e também na otimização de processos.
Basicamente, ele se trata de uma análise profunda onde você consegue enxergar quais são as práticas usadas em outras empresas, e, com base nisso, criar planos de aperfeiçoamento dentro do seu negócio.
Esse conceito pode ser aplicado de diferentes maneiras dentro de um empreendimento. Por exemplo, é possível analisar como os colaboradores das empresas concorrentes tem realizados determinadas operações. E, com base nisso, avaliar seus próprios funcionários e buscar formas de melhorar os resultados.
Nesse sentindo, o feedback se torna muito importante. Pois, ele será um complemento do benchmarking. As informações reunidas com ambas as abordagens serão usadas justamente para melhorar não só o desempenho de cada profissional, mas, também o do empreendimento como um todo.
Mas é preciso atenção na hora de dar um feedback. Isso porque, geralmente as pessoas associam esse retorno como algo ruim. Afinal, você terá alguém apontando pontos em você que precisam ser melhorados.
É preciso desconstruir essa ideia dentro do seu negócio. Como dito no começo do artigo, o feedback é uma poderosa ferramenta de melhoria contínua. Portanto, ele não deve ser encarado com uma visão negativa.
Dicas de como aplicar o feedback dentro do seu empreendimento
Muitos empreendedores tem dificuldade de aplicar o feedback em seus negócios, pois ficam na dúvida sobre a reação que essa estratégia poderá causar entre os colaboradores. Acontece que a arte do feedback só tende a trazer vantagens para todos.
Para lhe ajudar, separamos algumas dicas de como realizar essa análise, e, claro apresentar os resultados para os profissionais, sem gerar uma situação desconfortável. E a primeira delas é:
1.Conte com o auxílio de um especialista
O ideal para realizar um feedback é contar com um especialista. Isso porque, ele terá todos os conhecimentos sobre técnicas e dinâmicas para conhecer melhor os pontos que precisam ser melhorados em cada profissional.
Ao invés de contratar um serviço terceirizado, você pode capacitar um de seus gestores. E o treinamento online é uma excelente alternativa nesse caso, pois através dele, o seu líder terá a chance de se capacitar, sem a necessidade de se ausentar da empresa.
2. Deixe claro que o feedback é método de desenvolvimento e não um julgamento
Um dos motivos do feedback parecer algo ruim para os colaboradores é que muitos se sentem julgados ao se submeterem a essa estratégia. Porem, esse é um pensamento que não deve existir na sua equipe, pois você não quer apontar culpados, mas buscar uma forma do profissional se aperfeiçoar.
Por isso, explique que você fez uma análise visando trazer resultados melhores tanto para a empresa como para o colaborador. E que o objetivo é ajudá-lo e não julgá-lo.
3. Mostre o que foi analisado
Outra dica importante para que o feedback seja realmente funcional é sempre mostrar ao funcionário o que foi analisado. Foi um projeto? Um processo? Um período de trabalho? Quando foi?
Assim, ficará mais fácil para todos entender os apontamentos feitos na análise e, claro buscar soluções para gerar resultados melhores.
4. Os colaboradores também devem fazer seus feedbacks
Um dos maiores erros que um empreendedor pode cometer é não deixar que seus funcionários opinem sobre as melhorias que precisam ser feitas nas empresas. Esse tipo de atitude só irá criar um ambiente tóxico, e ainda prejudicar o desempenho do seu negócio.
Assim como os colaboradores sempre podem melhorar, o seu empreendimento também tem esse potencial. Logo, você precisa escutar a análise de quem está ali, trabalhando todos os dias em prol dos resultados.
Por exemplo, digamos que o seu negócio ande tendo problemas com reclamações sobre a qualidade dos produtos. Pergunte aos funcionários se acreditam que existe algo que possa ser melhorado. Provavelmente você encontrará uma solução em relação aos materiais, fornecedores e até mesmo processos.
5. Indique as melhorias que precisam ser feitas, mas também parabenize os colaboradores quando elas acontecerem
Lembre-se que é uma via de duas mãos: Elogio e Pontos a desenvolver.
6. Procure fornecer o feedback no dia-à-dia
Os feedbacks são mais muito mais efetivos quando dados na hora do acontecimento. Cuidado somente com o feedback construtivo, pois este precisa ser bem pensado para evitar constrangimentos.
7. Construa a forma do feedback antes aplicar
Pense como o feedback deve ser aplicado para cada pessoa. Isto mesmo, pessoas são diferentes e têm meios diferentes de receber feedback.
8. Foque no comportamento
Qualquer feedback sobre mudança de comportamento precisa estar vinculado à consequências, ou seja, quando o feedback sobre um comportamento é dado, é importante mostrar o que ele causa.
9. Responsabilidade compartilhada
Todo feedback construtivo precisa ter um plano de ação com “o quê”, “quem”, “quando” e “resultado esperado”.
No caso do líder, é sua responsabilidade o desenvolvimento da sua equipe, e quer seja numa avaliação de desempenho ou num feedback diário, o líder tem que definir em conjunto com o colaborador a melhoria concreta, e com fatos e dados a ser feita.
10. Defina uma periodicidade
Além do feedback no dia-à-dia, agende feedback periódicos, pois isto é importante para ambos: líder e colaborador.
11. Não esqueça do feedback da Equipe
Não se esqueça que além do feedback individual você deve dar o feedback para a equipe, sempre com o intuito de desenvolvimento profissional.
12. Seja objetivo
Não fique de rodeios e vá direto ao ponto a ser tratado.
13. Aprenda a Ouvir
Ouça para ser escutado. Não é fácil, mas crie um plano para ir melhorando gradativamente.
14. Crie uma agenda de acompanhamento
Seja assertivo e organizado para garantir que os planos de ação para melhoria do desempenho dos colaboradores surtam efeitos esperados.
15. Comece pelos pontos fortes e comemores conquistas
O feedback não como objetivo apontar apenas aquilo que precisa ser melhorado. Ele também tem como função identificar os pontos positivos de cada profissional, para que você possa parabeniza-los.
Digamos que você fez uma avaliação das ações do feedback com os seus colaboradores do que precisava ser melhorado para que as metas fossem atingidas mais rapidamente.
Dois meses depois, monitorando sempre o processo, você viu que eles não só seguiram as orientações, como conseguiram superar as metas esperadas.
Faça um feedback parabenizando-os pelo ocorrido, mostrando que a sua empresa valoriza a atitude de cada um. Com toda a certeza a sua equipe se sentirá ainda mais motivada com esse reconhecimento, e não irá se estagnar.
Conclusão
É importante deixar claro que esse tipo de análise não tem como objetivo criar conflitos dentro do ambiente de trabalho.
Muito pelo contrário, ela visa justamente desenvolver um espaço mais saudável, onde todos possam expor seus pontos de vista, e, usá-los para se aperfeiçoar constantemente.
Dessa forma, você conseguirá aproveitar todo o potencial que o feedback tem a oferecer.
Além de conseguir otimizar o dia a dia do seu empreendimento, você ainda terá profissionais capacitados, que conseguirão usar as informações dessa avaliação para gerar melhorias para eles, e, também, para a empresa.
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Veja mais no artigo da revista Exame: Regras para Feedbacks