Qual a diferença entre inovação Disruptiva e a Radical
A adoção do formato disruptivo, por muito tempo foi a tônica de inovação dentro de grandes corporações. Essa realidade, porém, ganhou novos contornos a partir do surgimento e popularização do foco radical dentro desse cenário.
Como resultado disso, nasceram novos conceitos que hoje dão a tônica da concorrência em diversos segmentos de mercado. Isso não significa, porém, que um ou outro estilo de inovação seja necessariamente obsoleto.
Os dois seguem absolutamente aplicáveis em uma rotina corporativa. O que muda é que a organização deve saber a qual recorrer de acordo com os objetivos para o futuro.
Para um melhor entendimento sobre isso, propomos aqui uma análise sobre as diferenças entre os conceitos de inovação disruptiva e radical. Sigam-nos os bons.
A inovação Radical e a Disruptiva
Tanto o processo com foco radical, quanto a inovação disruptiva propriamente dita, são conceitos que visam apresentar novidades louváveis.
Em outras palavras, a ideia por trás de ambos, prega que não basta criar algo novo, é importante que essa criação seja funcional e gere resultados positivos.
Mas quais as características de cada uma? Como elas se comportam dentro de uma realidade corporativa? Procuramos responder essas questões a partir dos próximos tópicos, onde nos aprofundamos no conhecimento de cada uma.
Entendendo a disruptiva
Considerando os pontos fundamentais, podemos dizer que a pesquisa de inovação disruptiva é aquela onde os novos conceitos são propostos em negócios já estabelecidos. A mudança de paradigma pode surgir de duas formas distintas.
Em uma delas, os envolvidos no processo podem criar novos segmentos dentro de outros já existentes, e negligenciados no mercado. Isso pode ocorrer a partir de um produto ou serviço considerado inferior na opinião de consumidores mais exigentes.
Nesse caso as novas ideias devem levar a uma ascensão do produto no mercado na medida em que ele ganha nova roupagem.
Na outra possibilidade, os envolvidos podem explorar a criação de novos mercados inexistentes, e consequentemente atingir um novo nicho de consumidores.
Isso pode ser feito a partir da combinação de ferramentas tecnológicas, conceitos novos e até mudança no modelo dos negócios.
Entendendo a inovação Radical
Agora, voltando ao foco radical, podemos definir esse modelo de inovação como aquele onde o negócio como um todo segue um conceito novo.
Isso significa a criação de conhecimentos inéditos, e comercialização de novos produtos a partir de ideias absolutamente novas.
Diante disso, portanto, a pesquisa concentrada na inovação radical, deve englobar uma série de fatores.
A lista inclui o tipo de comportamento da organização, e as estruturas que serão implementadas para desenvolvimento dos novos conceitos.
O contraste entre disruptivo e radical
Trazendo o que foi dito para a prática, acredita-se que para se tornar disruptivo, o negócio deve antes de qualquer coisa, ser aceito no segmento mais baixo de seu mercado.
Isso significa aquele que geralmente não é observado pelos investidores, que por sua vez optam pelos produtos mais rentáveis.
A título de ilustração, podemos mencionar então a Netflix como bom exemplo nesse cenário. Inicialmente, o sistema onde o conteúdo audiovisual locado era entregue via correspondência, não agradava a maioria dos clientes da Blockbuster.
Todavia, o ponto de virada veio a partir da evolução tecnológica, mais particularmente quando a Netflix vislumbrou a oportunidade de usar a internet para expandir os negócios.
A partir daí, a empresa inovou e passou a oferecer conteúdo do cinema, e da TV sob demanda, proporcionando economia e comodidade.
Apesar da inovação ser naturalmente a grande responsável pelo sucesso da empresa, é fato que sua presença no mercado de menor audiência na época foi determinante para esse ponto de virada.
Isso porque, se no início houvesse um foco radical em segmento maior de mercado, a Netflix provavelmente teria causado um impacto maior no mercado.
Como consequência desse impacto, seria uma resposta de gigantes do segmento, como por exemplo, a Blockbuster. Com base nisso, portanto, podemos dizer que o foco em uma posição abaixo foi positivo. Netflix fundada em Scotts Valley, California, no ano de 1997 por Reed Hastings e Marc Randolph, trabalhava no início alugando filmes com um sistema de leva e trás dos funcionários de locadoras.
Graças a isso, a gigante dos filmes e séries on demand agora desfruta de um modelo de negócios diferente, econômico e bem-sucedido. Outro ponto interessante que podemos tirar dessa história, é que a interrupção, ou seja, a mudança de cenários pode demandar tempo.
A Netflix surgiu em 1997, mas foi só em 2010 que a Blockbuster decretou falência. O processo de inovação nessa indústria, portanto, levou mais de uma década.
Funcionamento da radical
De modo geral, é fato que a inovação disruptiva não tem ligação concreta com as variações nos conceitos de negócios estabelecidos. Todavia, por outro lado, a inovação radical precisa de capital humano individual e organizacional para se sobressair.
Trazendo isso para a prática, podemos dizer que, uma simples alteração, como a inclusão de uma nova feature em um game de futebol, ajuda a empresa a cativar no curto prazo.
Por outro lado, uma inovação radical se foca muito mais no impacto de alterações a longo prazo. Neste exemplo, portanto, isso representaria uma completa mudança no produto atual, o que passaria até mesmo pelo desenho de uma nova “cara” do produto.
Com base nisso então, podemos dizer que as organizações que seguem este caminho estão convencidas do potencial dos avanços tecnológicos. Por isso mesmo, elas acreditam que esses avanços podem levar a empresa a um nível inédito em seu plano de ascensão.
Esse pensamento é bem-vindo porque, de modo geral, uma inovação em pleno século XXI, requer, dentre outros fatores, uma aptidão tecnológica. É preciso, portanto, que as ideias e vislumbres de novos produtos, obedeçam a evolução observada nesse sentido da tecnologia.
Vale destacar, porém, que além disso, em se tratando de foco radical no processo de inovação, fatores como cultura e capacidades organizacionais são fundamentais.
Isso sem contar, é claro, capital social e humano, além de uma profunda compreensão da liderança em gerenciamento de projetos.
Como funciona o modelo que mede a inovação?
O modelo utilizado é naturalmente o de tópico, que por sua vez, permite uma análise de semelhanças e sobreposições com base em tópicos de conteúdos publicados.
Com base nisso, observou-se que em muitos estudos, a “inovação disruptiva” surge com frequência nas proximidades do tópico “modelo de negócio”.
Através de um algoritmo direcionado a detectar a interconexão global geral da rede, chegou-se à conclusão relacionada às comunidades tópicas de inovação disruptiva e radical.
Isso se deu porque observou-se que ambas são ligadas à maior quantidade de outros tópicos.
O que tudo isso significa para os gerentes e organizações?
Empresas já estabelecidas normalmente respondem a uma inovação de características disruptivas focando nas estratégias organizacionais. Nesse âmbito inclui-se desenvolvimento de novas unidades e modelos de negócios.
Obviamente, isso acontece porque as organizações têm a tendência de reagir com êxito às interrupções, devendo se concentrar na organização de modo geral.
Para isso, devem se dispor a canibalizar eventualmente as próprias receitas para obter êxito ante as interrupções.
No lado oposto está a pesquisa de inovação com foco radical, que enfatiza-se as capacidades dinâmicas, além das organizacionais. Nesse caso, a alavancagem das competências fundamentais ou escalação agressiva de conceitos para sobressair à concorrência dão a tônica do cenário.
Diante disso, a criatividade e o poder de vislumbrar o futuro tecnológico é fundamental para desenvolvimento de novas ideias. Isso por sua vez é essencial dentro de um processo de inovação radical.
Considerando tudo o que foi dito, acredita-se que a contratação de colabores capazes de lidar com alterações súbitas e drásticas é o que as empresas desejam.
Uma distinção mais apurada e com o perfeito grau de aprofundamento no assunto, pode ser obtida a partir de certificações em metodologias orientadas a melhorias e qualidade.
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